Uma investigadora portuguesa liderou um grupo que desvendou o enigma. É uma porta aberta para novos tratamentos.
O cérebro de muitas pessoas obesas não responde devidamente aos sinais de saciedade emitidos pelo seu corpo.
Pela primeira vez, foi possível desvendar o mecanismo que permite ao
cérebro activar as células adiposas do corpo, induzindo-as a degradar a
gordura que contêm para ser utilizada como fonte de energia. Os
resultados foram publicados na quinta-feira na revista Cell.
O tecido adiposo representa 20 a 25% do peso
corporal humano e as suas células contêm triglicéridos, ricos em
energia. Quando não comemos o suficiente, essas gorduras são degradadas
pelo organismo para suprir as nossas necessidades. Consequência óbvia:
se não comermos o suficiente, emagrecemos. Mas por outro lado, em
condições normais, também não estamos sempre a comer desalmadamente e o
nosso peso mantém-se mais ou menos estável, controlado.
Há duas
décadas que se sabe que uma hormona, a leptina, também chamada “hormona
da saciedade”, é crucial para esse controlo, mantendo esse delicado
equilíbrio energético e garantindo que o nosso peso corporal permanece
dentro de valores aceitáveis. Segregada pelas células adiposas do
organismo, a leptina actua sobre o cérebro, ligando-se aos neurónios de
uma estrutura cerebral, o hipotálamo.(Leia mais em:
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